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26
26 NOV 2025
SAÚDE
Comitê Municipal de Arboviroses discute atualização do plano de contingência diante de cenário de alerta em Divinópolis
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Reunião reforça alinhamento com o plano estadual e necessidade de ações imediatas com a chegada das chuvas
A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou na tarde desta quarta-feira (26/11) uma reunião do Comitê Municipal de Arboviroses para analisar os dados atualizados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) e discutir a necessidade de atualizar e complementar o plano de contingência municipal. A avaliação coletiva apontou que o município deverá intensificar suas estratégias de prevenção e resposta, sobretudo pela proximidade do período chuvoso e pelo comportamento dos indicadores que colocam a cidade em situação de alerta.

Durante a apresentação dos dados, foi destacado que os números atuais guardam certa semelhança com os do ano anterior, mas continuam exigindo monitoramento constante. Foram vistoriados 5.960, com 206 focos do mosquito identificados. A taxa geral de infestação ficou em 3,4%, índice que coloca Divinópolis na faixa de alerta definida pelos parâmetros do Ministério da Saúde. 

A análise dos reservatórios onde foram encontrados os focos revela um cenário que reforça a necessidade de ampliar o trabalho educativo junto à população. Quase 70% dos criadouros estavam em materiais que poderiam ter sido eliminados pelos próprios moradores. Bebedouros de animais, pratos de plantas e recipientes removíveis responderam por 46,4% dos depósitos; outros 28,6% eram recipientes plásticos como garrafas e potes dispersos em áreas externas. Depósitos fixos, entre eles caixas d’água, piscinas e caixas de passagem, representaram 14% das amostras.

Plano de Contigência

Além da análise do LIRAa, o encontro aprofundou as diretrizes do plano estadual de contingência para arboviroses, em vigência desde 2.007. A partir de janeiro de 2026, o estado disponibilizará um painel temático online que permitirá atualização mais ágil da situação de cada município, com dados semanais ou mensais, substituindo o modelo sazonal anterior. Esse painel reunirá informações sobre casos suspeitos e confirmados, presença de casos graves, possíveis reintroduções de sorotipos e índices de resistibilidade larvária, além de indicar automaticamente a fase de maior risco. O estado também fornecerá um Diagrama de Controle com parâmetros que auxiliarão na tomada de decisões.

Mesmo com o suporte estadual, os municípios precisam elaborar seus próprios planos complementares, adequando as ações padronizadas à realidade local. Na reunião, representantes das diversas áreas técnicas da Semusa reforçaram que o novo plano municipal deverá contemplar atualizações sobre contatos e referências de todas as unidades de saúde, quantitativo atualizado de agentes e supervisores, disponibilidade de equipamentos de proteção individual, capacidade laboratorial de referência e estratégias específicas de ação para cada fase, da rotina à emergência. Foi ressaltado que o plano vigente, com ciclo de dezembro a novembro, precisa ser renovado para evitar qualquer descontinuidade operacional.

Entre as ações complementares discutidas, ganham destaque a ampliação do trabalho de educação em saúde nas unidades básicas, o reforço na coleta de amostras para controle de qualidade e a criação de campanhas específicas voltadas aos reservatórios mais frequentes. 

A equipe também debateu desafios históricos, como regiões com grande número de depósitos irregulares que exigem ações de limpeza e recolhimento, áreas com invasão sanitária que demandam forte abordagem educativa e bairros onde a coleta de informações é dificultada por resistência ao acesso dos agentes.

O comitê definiu ainda que a atualização do plano deve ser concluída até a próxima semana. O grupo ressaltou que, embora o painel estadual represente um avanço significativo, os ritmos entre estado e município podem divergir, o que exige atenção redobrada para que as ações locais não sejam retardadas por divergências de cenário. 

Com a chegada iminente das chuvas, o comitê concluiu que o trabalho de campo precisa ser intensificado, com reforço imediato das visitas domiciliares, da eliminação de focos e das ações de conscientização. A secretária municipal de Saúde, Sheila Salvino, destacou que o momento exige união de esforços e atenção redobrada. “A atualização do plano de contingência é mais do que uma etapa técnica, é um compromisso com a vida das pessoas”. 

Segundo a secretária, a integração entre município, estado e comunidade é fundamental para impedir que pequenos criadouros se transformem em epidemias, garantindo que Divinópolis atravesse o período chuvoso com mais segurança, agilidade e proteção à população.

A atualização do plano municipal representa mais do que uma exigência técnica: é um instrumento essencial para proteger a saúde da população e evitar que o período chuvoso seja marcado pelo aumento de casos de arboviroses. A expectativa é que, com o alinhamento entre município e estado e a ampliação das ações educativas, Divinópolis esteja mais preparada para enfrentar os desafios impostos pelas arboviroses nas próximas semanas.
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