A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou ontem (5/7) uma oficina culinária com os participantes do projeto “HiperGrupo”, que atende usuários com hipertensão e diabetes das unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) Ermida I e II.
Na ocasião, foram preparadas diversas receitas com o princípio da alimentação completa, contendo os macronutrientes essenciais, como carboidrato, proteína e fibras, que trazem saciedade, evita os picos glicêmicos e mantêm a periodicidade de refeição.
Os participantes desse projeto queixavam-se muitas vezes sobre privação de alimentos agradáveis ao paladar, o que foi motivador para a apresentação de pratos saborosos, saudáveis, preparados com alimentos frescos (alguns trazidos das próprias hortas domiciliares). Estavam no cardápio dos usuários: feijão tropeiro de soja; suco de capim cidreira com limão; patê de atum com azeitona (base de creme de ricota); e sunomono de abobrinha. As receitas foram todas adaptadas para o público em questão.
A escolha do cardápio foi feita mediante levantamento de demanda para reduzir consumo de óleos, gorduras (manteiga, margarina, etc), e aumento do consumo de boas fontes de proteína vegetal e animal. A oficina teve duração de 1h30, com apresentação prática e expositivas das razões pelas quais se alimentar condizente ao estado de saúde e comorbidade de cada indivíduo.
O projeto “HiperGrupo” foi criado pela equipe multidisciplinar do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf AB1), composto por nutricionista, fisioterapeuta, psicólogas e assistente social, além do apoio de toda a equipe da unidade local como agentes de saúde, enfermeiros, farmacêuticos, dentista, auxiliares, entre outros.
De acordo com a nutricionista e idealizadora da ação, Cláudia Rodrigues, a educação em saúde é fundamental, pois o controle das doenças evita futuras sequelas graves e irreversíveis. “A unidade dos multiprofissionais é o segredo para o sucesso deste processo, pois muitas demandas são esclarecidas neste período de duração do projeto. A taxa de controle da diabetes e hipertensão de quem participa ativamente destes grupos chega a 80%, o que nos leva a acreditar que a informação é um fator primordial para o controle e manutenção da boa saúde destes usuários”, afirmou.