Como parte do calendário de eventos do Mês da Consciência Negra, a Prefeitura de Divinópolis, em parceria com o Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir), realizou ontem (8/11), o 1º Congresso do Compir, no auditório da Faculdade Pitágoras, que teve como tema “As veredas da ancestralidade negra – religiosidade e patrimônio imaterial”.
O propósito foi suscitar questões de políticas públicas e educação para negros para reflexão da sociedade. Escolas dos ensinos fundamental 2 e médio, instituições de ensino superior, representantes políticos, líderes religiosos e sociedade em geral foram convidados a participar do evento.
No encontro, o conselho discutiu os desafios das religiões de matrizes africanas, o patrimônio imaterial existente em Divinópolis e Região Centro-Oeste e a perda deste na história e na memória regional, o negro em relação à educação básica e superior e outros temas.
“O congresso inaugurou novo tempo na história do povo negro regional”, disse Célio Lúcio Lopes, presidente do Compir. Recordando o Dia da Consciência Negra, que se celebrará em 20 de novembro, ele disse que o evento teve por objetivo promover a consciência pública. “Todos devem conhecer e compreender a realidade do povo negro com o fim de respeitá-la melhor”.
Atividades
O 1º Congresso do Compir contou com palestras ministradas por importantes nomes de âmbito nacional e regional, exposição de peças e indumentárias típicas das religiões de matrizes africanas e apresentações culturais pertinentes ao tema.
Entre os nomes confirmados, esteve presente João Luiz, professor e pós-doutor em ciências da religião pela Umesp, doutor em ciências da religião pela PUC-SP, mestre em filosofia pela UGF-RJ e especialista em teologia afro-brasileira pela FTU-SP. Ele é autor dos livros "Religiões Afro-brasileiras: uma construção teológica", pela Editora Vozes, "Ética como Extensão do Diálogo" e "Teologia da Tradição Oral", ambos pela Arché Editora, e “Orixás nas Umbandas”, pela Fonte Editorial.
O diretor e cineasta divinopolitano Rômulo Corrêa, graduado em videojornalismo e fotógrafo pela Academia de Mídia Cimdata, de Berlim, Alemanha, esteve também presente. Ele exibiu o documentário “Santa Terra: Morro da Gurita”, que conta como e por que o Morro da Gurita se tornou em “terra santa”.