Visitas domiciliares são fundamentais para identificar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti. População é orientada a receber os profissionais para combater as arboviroses
A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e da Vigilância em Saúde Ambiental, intensifica as visitas domiciliares realizadas pelos agentes de combate às endemias nos bairros do município. A ação integra as estratégias permanentes de prevenção e controle da dengue, chikungunya e zika vírus, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
De casa em casa, os agentes percorrem residências com o objetivo de identificar e eliminar criadouros do mosquito, vistoriando áreas externas e internas e orientando os moradores sobre os cuidados necessários. Quando identificam situações de risco, eliminam o foco ou aplicam o tratamento focal com larvicidas, assegurando o controle dos vetores e reduzindo o potencial de transmissão das doenças.
Situação epidemiológica
De acordo com o último boletim epidemiológico da Semusa, atualizado em 16 de outubro de 2025, Divinópolis contabiliza 3.621 casos notificados de dengue, sendo 2.259 confirmados, 235 hospitalizações e cinco óbitos em investigação no ano de 2025.
A faixa etária mais afetada é de 20 a 49 anos, e 54,7% dos casos são registrados entre mulheres. Em relação à chikungunya, o município soma 73 casos notificados, 18 confirmados e quatro hospitalizações, sem registros de óbitos. Não há casos confirmados de zika vírus em 2025.
População e agentes unidos no combate
Os agentes são identificados por uniformes e crachás oficiais da Prefeitura. Durante as visitas, fazem vistorias completas, em quintais, caixas d’água, calhas e reservatórios, e orientam os moradores sobre as medidas de prevenção.
A moradora Maria do Pilar da Costa destacou a importância das visitas. “Eu acho ótimo, porque, apesar da nossa prevenção, ainda pode passar alguma coisa despercebida. A visita especializada é de grande valor exatamente por isso.”
A agente de combate às endemias Sílvia Letícia de Oliveira Toledo ressaltou o impacto direto do trabalho. “O agente identifica focos, orienta e elimina criadouros. Isso contribui diretamente para reduzir os casos e proteger a população.”
Os principais focos encontrados nas residências incluem garrafas plásticas, pneus, caixas d’água destampadas, pratinhos de vasos e calhas entupidas, locais ideais para a proliferação do mosquito.
A Vigilância em Saúde recomenda que cada morador reserve 10 minutos por semana para inspecionar o quintal e o interior da residência.
As principais medidas preventivas incluem:
* Manter caixas d’água sempre tampadas;
* Lavar bebedouros de animais semanalmente;
* Evitar o uso de pratinhos sob vasos;
* Armazenar pneus e garrafas em locais cobertos;
* Limpar calhas e lajes para evitar acúmulo de água;
Além das visitas, a Prefeitura realiza mutirões de limpeza, aplicação de fumacê em áreas críticas e ações educativas em escolas e comunidades.
A população pode contribuir denunciando terrenos baldios ou imóveis abandonados com acúmulo de água pelos canais oficiais da Prefeitura.
A Prefeitura de Divinópolis reforça que receber os agentes de saúde é um ato de responsabilidade e proteção coletiva. Cada residência inspecionada representa uma barreira a mais contra o avanço do mosquito.