Autoridades municipais buscam solução para casas de conjuntos habitacionais
Foi realizada na sede da Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte, ontem (10/8), uma reunião para tratar da situação dos conjuntos habitacionais de Divinópolis, cujos moradores têm recebido ordem judicial e extrajudicial de saída dos imóveis.
Na oportunidade, foi explicado que estas medidas são parte do processo administrativo que já ocorreu e que foi denunciado em 2019 pelo Ministério Público Federal, obrigando a Caixa a tomar providência sobre a situação dos imóveis irregulares.
A partir de então foi feito o levantamento do estudo social em 2019 de quem tinha ou não direito, de quem estava na casa em situação correta, o que foi informado no processo em 2021. Nesta ação a Caixa está cumprindo o que foi determinado pelo Ministério Público Federal.
Participaram da reunião com o superintendente da CEF, Cláudio Mendonça; o prefeito Gleidson Azevedo, a vice-prefeita Janete Aparecida, a diretora da Habitação, Ana Luiza Guimarães, duas moradoras do bairro Copacabana, Chauany Camila Diogo Martins e Ana Carolina Martins e, de forma online, a representante jurídica voluntária dos moradores do bairro Copacabana.
O prefeito fez uma proposta para que o município pudesse comprar os imóveis, para destinação social, o que não foi aceito pela Caixa. A vice-prefeita fez outra proposta para que as casas não perdessem o caráter social e fossem mantidas no mesmo programa; “Solicitamos que o município pudesse reformar as casas que foram depredadas para que as mesmas fossem revertidas para pessoas que já estão inscritas no programa, que são 23 suplentes e também para pessoas que estão entre as que se encontram em situação irregular, mas que já estão inscritas”, informou.
Esta segunda opção, que foi entregue oficialmente por ofício, foi vista com bons olhos pela direção da Caixa, a proposta será avaliada e o município aguarda resposta. “Dentro do que nos cabe, fizemos tudo que foi possível, inclusive oferecendo para comprar os imóveis. Infelizmente a burocracia não permite. Vamos continuar tentando, mantendo negociação com a Caixa, para não perder nenhuma dessas moradias e que elas voltem para quem precisa”, destacou o prefeito.
A vice-prefeita completou "Não podemos deixar que essas casas vão para leilão, uma vez que assim, perde o caráter social. Nestes conjuntos já foram investidos recursos da União e do município, e precisamos deixar essas casas com as pessoas que já se encontram em situação de rua vulnerabilidade, que não tem onde morar, estando elas na fila e que cumpram todos os requisitos da assistência social que são de vulnerabilidade de moradia”, finalizou.