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A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), marcou presença na oficina sobre Unidades de Acolhimento no contexto da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), realizada na tarde da última quarta-feira (5/11). O evento contou com a participação da equipe do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps AD III) e da Unidade de Acolhimento Adulto (UAA).

A atividade ocorreu de forma online e foi promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e o Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Participaram do evento a coordenadora do Caps Ad III, Cássia de Abreu; a supervisora da UAA, Maysa Maia; a redutora de danos da UAA, Stefania Pereira e a psicóloga e técnica de referência do Caps Ad III, Ana Luiza Amaral.

O objetivo do encontro virtual foi reunir representantes de todas as Unidades de Acolhimento do país, tanto na modalidade adulta quanto infantojuvenil, para discutir o fortalecimento desses dispositivos na composição e integração da Raps.

O que são as Unidades de Acolhimento? 

As Unidades de Acolhimento, enquanto serviços residenciais transitórios, desempenham papel estratégico na construção dos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), voltados ao cuidado de pessoas em situações relacionadas ao uso de álcool e outras drogas, especialmente em contextos de vulnerabilidade. Esses espaços asseguram acesso a necessidades básicas de saúde e cidadania, como moradia, alimentação, higiene e sono, além de oferecer acompanhamento terapêutico e psicossocial.

A vivência nesses locais exerce função de proteção e reconstrução de trajetórias, possibilitando mudanças significativas no cotidiano e na relação dos usuários com o uso de substâncias psicoativas. 

A reunião teve como propósito promover o diálogo entre as cinco regiões do país, a fim de compartilhar recomendações e experiências práticas que fortaleçam o trabalho das Unidades de Acolhimento e subsidiem a atualização da Portaria nº 121, de 25 de janeiro de 2012, que as institui para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e Outras Drogas, no componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial.

A proposta também busca reunir as experiências territoriais das equipes e as evidências presentes na literatura científica, ampliando o conhecimento técnico e as práticas de cuidado. Em Minas Gerais, existem atualmente sete unidades habilitadas, e a UAA de Divinópolis, com três anos de funcionamento, é referência na região, oferecendo acolhimento e apoio a pessoas em processo de recuperação e reabilitação da dependência química, sob coordenação do Caps Ad III, em parceria com as Irmãs Hospitaleiras.

Para a coordenadora do Caps Ad III, Cássia de Abreu, a iniciativa foi extremamente positiva, principalmente porque promove integração entre equipes e regiões. “Este encontro ajuda a alinhar metodologias e protocolos, garantindo que todos sigam o mesmo padrão de qualidade, reduz barreiras geográficas, permitindo contato sem necessidade de deslocamento, além da melhoria na qualidade dos serviços, já que as equipes aprendem umas com as outras, assim como o desenvolvimento de uma visão ampliada dos desafios regionais, permitindo soluções mais integradas e estratégicas”.

A Prefeitura de Divinópolis e a Semusa reforçam a importância da participação em ações que envolvam a saúde mental e a inclusão social dos moradores, reafirmando o compromisso com o fortalecimento dos centros de acolhimento e a garantia dos direitos básicos da população em situação de vulnerabilidade