Encontro promovido pelo Corpo de Bombeiros reuniu autoridades para alinhar estratégias e padronizar respostas durante o período chuvoso de 2026
A Prefeitura de Divinópolis participou, nesta quarta-feira (6/11), do evento "Gerenciamento Integrado de Ações e Resposta: Sistema de Comando em Operações (SCO)", promovido pelo 10º Batalhão de Bombeiros Militar, com o tema "Gestão de Crises em Desastres Climáticos em preparação para o período chuvoso de 2026". A capacitação reuniu a vice-prefeita Janete Aparecida, secretários municipais, representantes da Defesa Civil, Polícia Militar, Cemig e diversos servidores públicos, com o objetivo de alinhar estratégias, padronizar procedimentos e fortalecer a integração entre as instituições em situações de emergência provocadas pelas chuvas.
Durante o encontro, o comandante do 10º Batalhão de Bombeiros, major Augusto, destacou a importância da comunicação e da harmonia entre os órgãos envolvidos nas respostas a desastres. “A ideia é que possamos falar em harmonia, compreender melhor uns aos outros. Sabemos que cada organização tem o seu próprio modelo de funcionamento e a sua rotina, mas buscamos participar dessa atualização das ações dentro do sistema de comando das operações para aprimorar nosso entendimento mútuo. Normalmente nos comunicamos bem, mas usamos terminologias específicas, e é fundamental traduzir essas linguagens para um mesmo contexto de cooperação. A comunicação é um ponto sensível: a informação precisa ser transmitida de forma correta, compreendida e executada da maneira adequada”, afirmou o major.
A explicação técnica sobre o funcionamento do sistema e as funções operacionais foi conduzida pelo capitão Antônio Vaz, do Corpo de Bombeiros. Ele explicou a dinâmica do SCO e a relevância do planejamento integrado entre as instituições. “O que observamos é que, em muitos municípios, as instituições até possuem estruturas de resposta, mas cada uma atua de forma isolada. A Prefeitura tem sua própria forma de responder, o Corpo de Bombeiros tem a dele, o SAMU a sua e a Cemig também. O desafio é justamente unir essas forças em torno de um único objetivo: proteger vidas e minimizar danos. O Sistema é uma ferramenta simples, porém extremamente eficaz, porque organiza o uso dos recursos, estabelece prioridades e favorece a comunicação. Em momentos de crise, não se trata de quem faz o quê, mas de como todos podem agir juntos em prol das pessoas”, explicou.
Ações planejadas que salvam vidas
Durante a simulação prática, os participantes vivenciaram a dinâmica de tomada de decisão em situações de crise. Foram explicadas as funções de Operações, Planejamento, Logística e Comunicação, bem como a importância das chamadas “áreas de espera”, locais onde ficam concentrados os recursos humanos, logísticos e estruturais prontos para uso imediato. Essa organização permite ao comando central uma visão real das condições de resposta, evitando decisões tomadas sem base nas possibilidades concretas de execução.
A vice-prefeita Janete Aparecida ressaltou o compromisso permanente da Prefeitura em reduzir os impactos das chuvas por meio de obras estruturais e de monitoramento contínuo. “A Prefeitura e os órgãos de resposta têm trabalhado de forma integrada para resolver situações recorrentes. Um exemplo é a região da Avenida JK, onde as obras em andamento já reduziram consideravelmente os alagamentos. Mas é preciso lembrar que nenhuma intervenção é solução definitiva; por isso mantemos vigilância constante e equipes técnicas monitorando as áreas críticas em cada chuva. Outras regiões, como a Pitangui, o Ipiranga e o Sagrada Família, também estão com projetos de drenagem em andamento ou licitação marcada. São locais que concentram ocorrências históricas, e nossa prioridade é atuar com planejamento e prevenção”, afirmou Janete.
A gestora ainda reforçou o papel humano por trás das ações técnicas. “Cada mapa, cada relatório, cada equipe em campo representa vidas que estão sendo protegidas. Quando o poder público age de forma planejada e unida, com base em dados e em cooperação, conseguimos evitar tragédias e garantir mais segurança à população”.
A atividade encerrou com uma mensagem de conscientização e compromisso mútuo entre as instituições. Para o Corpo de Bombeiros, o exercício foi mais do que um treinamento técnico: foi um passo essencial para consolidar uma cultura de gestão compartilhada de crises. Para a Prefeitura, significou reafirmar o compromisso de agir com responsabilidade e prontidão diante dos desafios climáticos, fortalecendo a rede de proteção à vida em Divinópolis.