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AGO
22
22 AGO 2025
CULTURA
“Caixeiros do Rosário”: Maurício Tizumba reúne homens pretos congadeiros no Complexo Gravatá
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Espetáculo evidencia a força da tradição banto-mineira e valoriza os caixeiros do Congado em nova experiência artística
A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia o show “Caixeiros do Rosário”, comandado pelo cantor, compositor, multi-instrumentista e capitão de Congado, Maurício Tizumba. O evento será realizado no Complexo Gravatá, no dia 30 de junho, às 18h.

A proposta reúne tocadores de caixa congadeira de diversas guardas de Minas Gerais, em uma experiência artística distinta dos festejos de rua. O espetáculo evidencia a importância dos homens pretos caixeiros do Congado. O projeto tem patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

Antes da apresentação, às 14h, no mesmo local, será realizada uma roda de conversa com Maurício Tizumba, que celebra mais de 50 anos de carreira. A entrada para ambas as programações é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Ainda este ano, o espetáculo segue para Uberlândia, em novembro, e Oliveira, em data a definir.

O projeto busca valorizar e difundir a cultura banto-mineira tanto em sua manifestação tradicional quanto nas influências que exerce na música e nas artes de forma geral. “Esse projeto nasceu com o objetivo de fortalecer essa música, esse universo, essa percussão. São homens pretos tocando os tambores congadeiros. Escolhi de dois a três caixeiros de cada irmandade convidada”, afirma Tizumba.

“Os caixeiros do Rosário são homens pretos, trabalhadores comuns, que assumem uma grande importância de levar a música para o Reinado. Eles tocam tambores que são muito importantes para as irmandades dentro daquele ritual, daquele processo”, explica o artista. “No espetáculo, a gente traz esses pretos para outro lugar, fora do Reinado. Um lugar que é de arte, mas que também é de oração. Que não é a linha reta da rua, mas a meia-lua do palco”.

História e resistência

O Reinado, popularmente conhecido como Congado, se constituiu a partir do mito da retirada de Nossa Senhora do Rosário do mar pelos negros escravizados e é a mais tradicional manifestação da cultura banto que floresceu em Minas Gerais. Em um estado fundado em princípios escravocratas e patriarcais, como foi o mineiro, não é de se surpreender que essa cultura negra – um dos principais baluartes da construção de nossa identidade cultural – ainda seja obscurecida pelo manto da invisibilidade, do não reconhecimento e do preconceito.

Para Tizumba, projetos como este também são fundamentais para evitar o embranquecimento da história e combater o racismo. “Tudo que é ‘de preto’ e dá muito certo acaba deixando de ser ‘de preto’. Por isso, o projeto protagoniza o preto, porque essa é uma manifestação preta que parte das terras mineiras”, ressalta o artista. “Quem for ao espetáculo pode esperar muita alegria, muita positividade. Uma festa de preto que é diferente de pagode, de samba, de axé music. Uma manifestação afro-brasileira muito potente.”
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