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Sem esquecer a importância de combater a discriminação racial, a Prefeitura de Divinópolis, junto com o Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir), realizarão hoje (5/4), às 19 horas, uma reunião online para amplificar o debate do Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado em 21 de março.


O evento contará com participação do Instituto Raízes de África de Alagoas, da Comissão de igualdade Racial da 48ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil da Seção de Minas Gerais (OAB-MG), do Movimento Negro Unificado de Divinópolis (Mundi) e da Universidade Estadual de Maringá.


A transmissão ao vivo terá como foco o racismo contemporâneo, a contextualização do tema no município e o papel do Compir após 52 anos do massacre de Shapeville, na África do Sul, que serviu de pauta para a criação da data pela ONU: 21 de março de 1960, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.


Maria Catarina Laborê, conselheira do Compir pelo segmento Mundi, explicou que, em 21 de março de 1960, na África do Sul, 20 mil negros protestavam contra lei que restringia os lugares por onde podiam circular. A manifestação era pacífica, mas tropas do exército, disparando contra a multidão, mataram 69 pessoas e feriram outras 186. O episódio tornou-se conhecido como massacre de Shaperville.


“O racismo existe, e é necessário informar-se para combatê-lo. A responsabilidade de encontrar respostas e obter mais informação sobre o tema recai nas pessoas brancas. É importante ter em conta que pessoas negras não devem ser responsáveis por ensinar ou dar respostas sobre o debate racial ou a luta antirracista”, disse Laborê. “É preciso ativamente buscar informação, dar espaço à população negra para ouvir o que ela tem que dizer e estar atento ao que se discute e pesquisa sobre o assunto. Além isso, devemos buscar a unidade antirracista na cidade e criar consciência sobre os problemas práticos locais.”


Atividades


Quanto à data comemorativa, o Compir prevê intensificar o trabalho no campo da educação básica, lutar pela implementação de lei municipal específica de ação afirmativa, que é já redigida, e dialogar com grande número de instituições da cidade, principalmente com participação do setor empresarial.


Em Divinópolis, as ações do conselho estão encaminhadas a apresentar denúncias sobre práticas racistas, negativas de cotas em universidades, informação nas redes sociais e realização do Fórum, do Congresso e da Conferência Municipal da Igualdade Racial, em que providências se tomaram.


No contexto de grandes tensões mundiais e pandemia, a instituição pretende intensificar a informação, alinhar governo municipal e Câmara de Vereadores para aprovar leis que combatam o mito da democracia racial, e promover igualdade racial, ações afirmativas, políticas públicas de reparação ao povo negro local e trabalho comunitário.