Em número de casos, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo. Tem-se observado em todo país um aumento da detecção de casos novos com incapacidades físicas já instaladas, o que significa que o diagnóstico é tardio.
As capacitações foram ministradas pela Semusa (apoio técnico Joseane da Silva), em parceria com professora Fernanda Lanza da Universidade Federal de São João Del-Rey (UFSJ) e Rayssa Nogueira da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).
Tinham sido diagnosticados 3 casos de Hanseníase até agosto de 2019 no município e após as capacitações foram identificados dois casos novos, duas suspeitas de recidiva e um caso em investigação.
O município preconiza o Plano de Enfrentamento Estadual de Hanseníase que possui como metas, o aumento da detecção geral de casos novos em 10%, redução da proporção de casos novos em menores de 15 anos em 20% e redução da proporção de casos novos menor que 10% para aqueles com grau 2 de incapacidade (deformidade).
Janeiro é o mês da campanha da conscientização e tratamento da hanseníase ("janeiro roxo"'). A Hanseníase é transmitida por gotículas que saem do nariz ou pela saliva da pessoa doente sem tratamento em contato prolongado com outras pessoas. A partir do início do tratamento, a pessoa não transmite mais a doença.
Para o apoio técnico da Diretoria de Atenção a Saúde, Joseane da Silva, as capacitações são importantes ferramentas para diagnósticos precoces: “capacitar os médicos e enfermeiros da rede tem um papel fundamental no diagnóstico da Hanseníase que necessita de avaliação clínica, com aplicação de testes de sensibilidade, avaliação da força motora, apalpar os nervos e exames complementares, se necessário, mas o diagnóstico desta doença é essencialmente clínico", disse.