Levantamento aponta baixo risco de epidemia, mas reforça necessidade de cuidados preventivos da população
A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), divulga os resultados do 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 18 e 22 de agosto de 2025. O estudo tem como objetivo identificar áreas com maior presença do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de mapear os criadouros predominantes, direcionando as ações de combate ao vetor.
O índice médio de infestação do município foi de 0,8%, classificando Divinópolis em situação de baixo risco de epidemia, conforme parâmetros do Ministério da Saúde. Foram vistoriados 6.104 imóveis, distribuídos em 169 bairros, dos quais 47 apresentaram focos do mosquito. Desses, 89% foram encontrados em residências e 11% em lotes vagos.
Os criadouros mais frequentes foram depósitos móveis, como bebedouros de animais, pratos e vasos de plantas (54,2%), seguidos de depósitos fixos, como ralos, caixas de passagem e vasos sanitários em desuso (22,9%). Reservatórios de água para consumo humano representaram 12,5% dos focos, enquanto recipientes removíveis, como garrafas e pneus, corresponderam a 8,3%. Também foram encontrados criadouros naturais, como bromélias (2,1%).
O supervisor-geral de Controle de Endemias, Leonardo Ferreira, fez um importante alerta sobre esses números e a época em que nos encontramos. “Neste último LIRAa podemos observar que, ao contrário do que o senso comum costuma achar, em Divinópolis os locais com mais focos de dengue são os recipientes com água para os animais, pratinhos e vasos de plantas (54,2%). Importante lembrar que está terminando o período de seca e, daqui para frente, entraremos no período de chuvas, época sazonal de proliferação do mosquito Aedes aegypti”, destacou.
As regiões Central (1,3%), Nordeste (1,1%) e Norte (1%) apresentaram situação de médio risco, enquanto Sudeste (0,8%), Oeste (0,4%) e Sudoeste (0,4%) registraram baixo risco. O gerente de Vigilância em Saúde, Juliano Cunha, reforçou a importância da participação da comunidade no combate ao mosquito. “A maior parte dos focos está dentro das residências. Por isso, é essencial que cada morador faça a sua parte, eliminando recipientes que possam acumular água e higienizando diariamente os bebedouros dos animais”, orientou.
A Semusa alerta que, em caso de sintomas como febre, dor no corpo, manchas na pele e dor de cabeça, a população deve procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Denúncias de focos do mosquito podem ser feitas pelo telefone (37) 3229-6823.