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15
15 DEZ 2025
CULTURA
Prefeitura inaugura exposição “Adélia Prado: Filha de Divinópolis”
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Mostra celebra os 90 anos da escritora e marca o início do Ano Cultural em sua homenagem

A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), inaugurou, no último sábado (13/12), a exposição “Adélia Prado: Filha de Divinópolis”, no Museu Histórico, espaço que passa a acolher não apenas uma mostra, mas a memória viva de uma mulher que transformou a cidade em poesia e fez da poesia um lugar de pertencimento.

Localizado na Praça Dom Cristiano, nº 328, no Centro, o museu recebeu um público sensível e atento para uma noite marcada por emoção, arte e reconhecimento à trajetória de uma das maiores vozes da literatura brasileira.

A abertura foi embalada por apresentações musicais da dupla Gê Lara e Diana Lara, da banda Opus Quinteto, além de momentos de leitura e declamação de poemas com Rita Matiusso e apresentação musical de Túlio Mourão e Luiza Lara, compondo uma atmosfera de delicadeza, afeto e reverência à obra de Adélia Prado.

O evento contou com a presença da vice-prefeita Janete Aparecida, do secretário municipal de Cultura, Mardey Russo, da coordenadora da Biblioteca Municipal, Luciana Miranda, e da arquiteta e curadora da exposição, Amanda Rezende, além de artistas, representantes culturais e membros da comunidade, que compartilharam um momento de celebração coletiva.

A mostra reúne documentos, fotografias, manuscritos, edições raras, registros pessoais e relatos que conduzem o visitante por momentos marcantes da vida e da obra da escritora Adélia Prado, revelando sua profunda e indissociável relação com Divinópolis. A curadoria propõe uma narrativa sensível e inédita, permitindo ao público acessar características pouco conhecidas da poeta, aproximando ainda mais a autora de sua cidade natal.

A exposição permanecerá aberta por 90 dias, em referência simbólica aos 90 anos de Adélia Prado, e marca o início do Ano Cultural em Homenagem à escritora, que se estenderá ao longo de 2026. A programação prevê ações permanentes, incluindo a criação de uma sala exclusiva dedicada à autora no próprio museu, consolidando o espaço como lugar de memória, estudo e afeto.

A vice-prefeita Janete Aparecida ressaltou o valor da cultura e o papel dos artistas locais na construção da identidade da cidade. “Meu coração transborda de orgulho por Divinópolis. Somos uma terra rica em talentos, especialmente em artistas. Cultura exige criatividade, emoção e amor, e isso não nos falta. Esta exposição mostra o quanto os sonhos precisam de tempo para amadurecer e como o trabalho coletivo transforma a cidade. Celebrar os 90 anos de Adélia Prado por apenas um dia seria pouco. Por isso, esta homenagem se estende por um ano inteiro, à altura da grandeza dessa mulher e da honra que é tê-la como filha da nossa cidade.”

O secretário municipal de Cultura, Mardey Russo, destacou a dimensão simbólica do momento. “Hoje é uma noite muito especial. Estamos vivendo a terceira homenagem aos 90 anos de Adélia Prado, que começou no museu, passou pela biblioteca e pela Escola de Música. A abertura desta exposição, que ficará 90 dias em cartaz, também marca o início do Ano Cultural Adélia Prado. Em 2026, todas as ações da Secretaria de Cultura terão essa temática, em homenagem à nossa escritora, filha de Divinópolis, que merece todo o nosso respeito, carinho e reconhecimento.”

A coordenadora da Biblioteca Municipal, Luciana Miranda, falou sobre a força transformadora da obra da poeta. “Celebramos esta noite dedicada à nossa poeta maior, uma mulher cuja palavra atravessa o tempo, a alma e a própria cidade. Ao longo da semana, Divinópolis viveu homenagens construídas com carinho. Cada atividade refletiu a potência da obra de Adélia, que transformou o cotidiano em eternidade. Sua grandeza está na autenticidade, na delicadeza e na coragem de revelar, pela palavra, fé, amor, dúvidas e transcendência.”

A arquiteta e curadora da exposição, Amanda Rezende, explicou o conceito da mostra e compartilhou o caráter pessoal do projeto. “Esta exposição nasce do desejo de entrelaçar vida, obra e território, mostrando como a cidade atravessa a poesia de Adélia. Por 90 dias, o museu se transforma em uma casa simbólica da poeta, um espaço de afeto onde poesia, arte e identidade mineira se encontram. Para mim, é também a realização de um sonho iniciado há 15 anos, quando desenvolvi um trabalho acadêmico em homenagem a Adélia. Hoje, esse sonho ganha corpo com o apoio de muitas mãos, artistas, artesãos, designers e parceiros que ajudaram a transformar poesia em matéria, forma e memória.”

Ao final da cerimônia, o secretário municipal de Cultura, Mardey Russo, realizou a entrega simbólica de uma placa a Maria Cecília Guimarães Santos, amiga próxima da escritora, como forma de homenagem que será posteriormente destinada a Adélia Prado. A placa traz os dizeres: “Adélia Prado. Com imensa gratidão e reconhecimento, celebramos sua vida, sua obra e seu legado. Poetisa divinopolitana, com seus versos transformou o cotidiano em poesia, deu voz às simplicidades e às profundezas da alma, enriquecendo a literatura e elevando o espírito de Divinópolis, de Minas Gerais e do Brasil. Que seus 90 anos de poesia inspirem novas gerações a caminhar pela sensibilidade, pela emoção e pela beleza das palavras. Aqui se registra o orgulho de uma cidade que acolhe e valoriza sua arte.”

Sobre Adélia Prado

Nascida em 13 de dezembro de 1935, em Divinópolis, Adélia Prado é poeta, professora, romancista e licenciada em Filosofia. Tornou-se nacionalmente conhecida na década de 1970, após ter seu talento reconhecido por Carlos Drummond de Andrade, fato que impulsionou a publicação de seu livro de estreia, Bagagem, em 1976.

Autora de uma obra marcada pelo lirismo, espiritualidade, existencialismo e pela valorização da vida cotidiana, Adélia Prado construiu uma trajetória que atravessa gerações e fronteiras. Ao longo de sua carreira, recebeu importantes reconhecimentos, como o Prêmio Jabuti, o Prêmio Guimarães Rosa, o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (2024), o Prêmio Camões e a Ordem do Mérito Cultural, consolidando-se como uma das maiores e mais influentes vozes da literatura contemporânea brasileira.
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