Estudo aponta médio risco de epidemia de dengue
A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), divulgou os resultados do segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 26 e 30 de maio de 2025. O levantamento tem como objetivo identificar as áreas com maior incidência do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de apontar os principais criadouros.
O índice médio de infestação no município foi de 1,6%, o que classifica Divinópolis em situação de médio risco de epidemia, segundo os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Durante o período de realização do LIRAa, foram vistoriados 5.912 imóveis, distribuídos em 169 bairros. Desses, 398 apresentavam focos do mosquito, sendo 92% em residências e 8% em lotes vagos.
Os principais criadouros identificados foram depósitos móveis, como bebedouros de animais, pratos e vasos de plantas, responsáveis por 60% dos focos.
Em seguida, destacam-se os depósitos fixos, como ralos, caixas de passagem e sanitários em desuso (20,9%), os reservatórios de armazenamento de água para consumo humano (9,6%) e os recipientes passíveis de remoção, como latas, garrafas e pneus (8,6%). Também foram encontrados criadouros naturais (0,9%), como bromélias.
Situação por região e casos registrados
Segundo o levantamento, as regiões Central (3,5%), Nordeste (2,4%), Norte (2,1%) e Sudeste (1,9%) encontram-se em situação de médio risco. Esses dados reforçam a importância do monitoramento constante e das ações preventivas em todos os bairros do município. Já as regiões Oeste (0,9%) e Sudoeste (0,1%) apresentam baixo risco de epidemia de dengue.
De acordo com os dados epidemiológicos registrados até o dia 17 de junho de 2025, Divinópolis contabilizou 3.120 notificações de dengue, com 2.013 casos confirmados. Em relação à chikungunya, foram 60 notificações, com 12 casos confirmados. Não houve registros de casos de zika vírus.
Mobilização e prevenção
O gerente de Vigilância em Saúde, Juliano Cunha, destaca que a maioria dos focos poderia ser evitada com pequenas ações por parte da população. “Eliminar água acumulada nos quintais, trocar a água dos animais diariamente e evitar o uso de pratos sob vasos de plantas são atitudes simples, mas que fazem toda a diferença”, afirma.
A Semusa reforça que, ao apresentar sintomas como febre, dores no corpo, manchas na pele e dor de cabeça, o munícipe deve procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Casos suspeitos ou focos do mosquito podem ser denunciados pelo telefone (37) 3229-6823.