A Secretaria Municipal de Educação celebra a diversidade étnico-racial, ancestralidade e inclusão no desfile cívico dos 113 anos de Divinópolis
A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), protagonizou um dos momentos mais marcantes do desfile cívico em comemoração aos 113 anos do município. Com o tema “Educação Antirracista na Avenida”, a apresentação destacou o compromisso da rede municipal com uma educação pública de qualidade, inclusiva e comprometida com a equidade racial e cultural.
O grande destaque deste ano foi a celebração da conquista do Selo Petronilha Beatriz, reconhecimento nacional pelas ações do município voltadas à formação de profissionais da educação e à implementação das Leis nº 10.639 e nº 11.645 — que tratam da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas.
O cortejo foi iniciado com a apresentação das bandeiras das 51 unidades escolares municipais, seguido pela fanfarra do Centro Técnico Pedagógico (Cetepe). A secretária municipal de Educação, Andreia Dimas, ressaltou a importância da ação. “Esse desfile foi mais que uma homenagem. Foi um gesto de reparação histórica e uma aula pública sobre respeito, identidade e inclusão. A emoção das crianças, das famílias e das equipes escolares nos lembra diariamente o poder transformador da educação.”
Durante a apresentação, a avenida ganhou vida com elementos culturais, expressões artísticas, cartazes, adereços e símbolos da ancestralidade. As escolas desfilaram com alegria, reafirmando o papel da educação como promotora de consciência crítica, cidadania e justiça social.
Um dos destaques foi a valorização da alimentação escolar como prática pedagógica e cultural. A Semed levou à avenida referências dos saberes ancestrais presentes nas refeições oferecidas nas escolas municipais, com alimentos como mandioca, milho, feijão-preto, abóbora e coco, preparados com o acompanhamento técnico de nutricionistas da rede. A merenda escolar, além de nutritiva, foi apresentada como instrumento de valorização das raízes africanas e indígenas na formação alimentar das crianças.
Além das escolas, participaram ativamente do desfile os projetos e serviços de apoio da educação inclusiva, como a EMIEDE, o Projeto Olhares, o CEAE, o Projeto Vamos Juntos, as Salas de Recursos Multifuncionais, a Oficina Itinerante e Oficina de Jogos, que atuam na garantia do direito à aprendizagem de todas as crianças e estudantes.
Importantes parceiros da educação também marcaram presença e foram homenageados, como o Programa Integração AABB Comunidade, que atende 100 estudantes com oficinas de leitura, escrita, esporte, lazer e cultura;
Para Júlia de Oliveira, moradora da região central, assistir ao desfile foi uma experiência inesquecível. “É um tema muito importante, e fico feliz em presenciar isso de perto. Mostra que a Prefeitura está atenta ao respeito ao próximo, principalmente dentro das escolas. Foi lindo demais!”
O desfile contou ainda com a participação da fanfarra da Escola Municipal Padre Guaritá, que encantou com uma bela apresentação visual e temática.
Participaram do desfile as seguintes unidades escolares da rede municipal:
EM Raio de Sol – referência em educação especial e atendimento terapêutico;
EM Otávio Olímpio de Oliveira – destaque nas oficinas culturais, tempo integral e práticas inclusivas;
EM João Gontijo da Fonseca – com ênfase nas lendas e mitos africanos;
EM Padre João Bruno e EM Emílio Ribas – celebrando figuras históricas negras e a educação integral;
EM Dionísio Joaquim Rodrigues – que apresentou projetos ligados à coletividade e cultura afro-brasileira;
CMEI Miguel Rodrigues Filho – com vivências inspiradas na cultura indígena;
EM Oribes Batista Leite – promovendo brincadeiras tradicionais e uso de materiais naturais;
EM São Sebastião – levando literatura e expressões culturais indígenas à avenida;
EM Adolfo Machado – exaltando a educação como espaço de acolhimento e transformação;
EM Padre Guaritá - Fanfarra.
CETEPE - Fanfarra
A participação da Semed no desfile cívico reafirmou que a educação pública divinopolitana não apenas ensina — ela acolhe, transforma, liberta e constrói futuros. Em cada escola, projeto e estudante, ficou evidente o esforço diário por uma sociedade mais justa, plural e consciente de suas raízes.