A Prefeitura de Divinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), juntamente a Diretoria de Direitos Humanos, representada pela Política para Mulheres e pela Inclusão Produtiva, realizou rodas de conversa, na terça (22/8) e no sábado (26/8), para discutir sobre o Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.
O encontro contou com representantes do Sindicato dos Oficiais Alfaiates, costureiras e trabalhadores nas Indústrias de Confecção de Roupas, Estampas, Cama, Mesa e Banho de Divinópolis e Região (Soac), com representantes da OAB e da Associação Meu Amar, com integrantes do Conselho da Mulher, com a deputada estadual Lohanna França e com alunas dos cursos de costura e modelagem industrial.
A proposta surgiu a partir do acompanhamento, realizado pela Semas, dos cursos desenvolvidos em parceria com o SOAC, visando a promoção de debates junto aos alunos(as) sobre o Agosto Lilás. O objetivo das rodas de conversa foi a apresentação de informações sobre o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em referência ao dia 7 de agosto, data da promulgação da Lei Maria da Penha. Na oportunidade, foram pontuadas questões culturais relacionadas à perpetuação da violência contra as mulheres historicamente.
Entre os diversos aspectos abordados, os participantes tiveram oportunidade de um diálogo sobre a responsabilidade de todos na luta contra a desigualdade de gênero e a proteção das mulheres em situação de violência. Foi distribuída, ainda, uma cartilha sobre a tipificação da violência, conforme a Lei Maria da Penha, incluindo os canais de denúncia e os órgãos rede de proteção.
Durante o debate, foram promovidas reflexões sobre o impacto da violência na vida das famílias e na saúde mental das pessoas envolvidas. Abordou-se que a violência acontece em diversos setores sociais, além do espaço doméstico, como a violência na política e no âmbito do trabalho em razão das desigualdades de gênero. Foi abordado, também, o número alarmante de notificações de violência e a necessidade de aumentar os mecanismos de prevenção e a criação de políticas públicas eficazes para o acolhimento e proteção das mulheres em situação de violência.
Além disso, o debate evidenciou ainda, a importância de estratégias e de recursos de promoção da autonomia para que as mulheres tenham garantido o reconhecimento de seus direitos na sociedade.
Participaram das Rodas de Conversas, aproximadamente 20 alunos, com a mediação de Adilson Camargos. Estiveram presentes à mesa, Tatiana Souza, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM); Rosângela Botelho e Sandra Guimarães, do CMDM e da Semas; Sílvia Soares, da SOAC Saúde; Telma Rodrigues, presidente da Associação Meu Amar (OAB); Anne Michele Costa, da OAB; e Lohanna França, deputada estadual, enriquecendo o debate.