Em oito anos, a Prefeitura de Divinópolis ampliou e humanizou a assistência ao portador de sofrimento mental. Os avanços vieram de encontro à necessidade de consolidação e fortalecimento dos princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira através de propostas antimanicomiais. Um dos avanços é a implantação do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD III) inaugurado em 2015 e que já registrou 21 mil procedimentos realizado em um ano de atuação.
No ano passado, o município implantou o CAPS AD III com assistência 24 horas às pessoas com sofrimento mental decorrente do uso abusivo de álcool e outras drogas. “Significou um grande avanço com enorme impacto social se juntando a dispositivos já implantados como o Centro de Atenção Psicossocial e Serviço Residencial Terapêutico se consolidaram como alternativas viáveis e eficazes às internações em hospitais psiquiátricos”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Kênia Silveira Carvalho.
Em seu primeiro ano de funcionamento, o CAPS AD atendeu 811 pacientes e foram realizados 21 mil procedimentos na unidade. “Em função da construção de redes intersetoriais, foram possíveis várias intervenções conjuntas de diferentes setores e dispositivos municipais, que tiveram como objetivo proporcionar uma assistência mais ampliada e humanizada às pessoas com sofrimento mental”, destacou.
Rede
Além do CAPS AD III, a rede é composta por assistência especializada a pacientes com transtornos mentais graves no Serviço de Referência em Saúde Mental (Sersam) em ambulatório especializado. Também no Sersam, tem o serviço de acolher e cuidar das pessoas com sofrimento ou transtorno mental. A CAPS III é outro serviço atua como serviço substitutivo a internação hospitalar, promovendo assistência diuturna às pessoas com sofrimento mental grave e persistente.
Outra forma de prestar o atendimento é a Residência Terapêutica. O espaço mantido pelo município reabilita e inseri na sociedade, egressos de internações psiquiátricas de longa duração que possuem transtornos mentais e não têm suporte familiar e social. É uma moradia que garante o convívio social, a reabilitação psicossocial e o resgate de cidadania promovendo os laços afetivos, a reinserção no espaço da cidade e a reconstrução das referências familiares. Quando é necessária a internação do paciente, o município encaminha para o Hospital Psiquiátrico - Clínica São Bento Menni.