A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), através da diretoria de Vigilância em Saúde, acaba de divulgar o resultado de mais um LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e febre Chikungunya. O trabalho foi realizado no período de 17 a 21 de outubro e teve como objetivo analisar o índice de infestação do Aedes aegypti e Aedes albopictus geral do município e por região, quais os recipientes predominantes utilizados pelos mosquitos para seu desenvolvimento e, com o resultado, buscar as possibilidades para seu controle.
Neste levantamento foram visitados 4.903 imóveis e o Índice de Infestação médio do Aedes aegypti registrado foi de 1,6% e o índice de Infestação médio do Aedes albopictus foi 0,1% que, juntamente com o Aedes aegypti, é transmissor da febre chikungunya.
Este número significa que o município como um todo está em um parâmetro de situação de médio risco para epidemia de acordo com o Ministério da Saúde. A região Norte com índice de infestação de 2,80%, região Nordeste 2,77%, região Central 1,70% e Sudeste com 1,28% encontram-se em situação de médio risco de epidemia. As regiões Oeste com infestação de 0,96% e Sudoeste com 0,42% encontram-se em situação de baixo risco de epidemia.
Mais uma vez, a imensa maioria dos focos do mosquito (90,05%) foram encontrados dentro das residências e 9,1% em lotes vagos o que demonstra que a população precisa participar de maneira mais efetiva do controle do mosquito.
Dos tipos de recipientes predominantes onde foram encontradas larvas do mosquito, 26,7% estavam em plásticos, garrafas, latas e entulhos, que deveriam ter sido colocados na coleta normal de lixo ao invés de serem jogados no quintal ou lotes vagos; 25,5% em depósitos de água para consumo doméstico, como caixas d’água, tambores e tanques, que devem ser mantidos tampados. Mais de 22% dos focos estavam em sanitários em desuso, lajes, calhas, piscinas, ralos, caixas de passagem e fontes ornamentais que devem ser mantidos limpos, clorados ou desentupidos; 18,9% estavam em vasos/pratos de planta e bebedouros de animais que devem ser lavados, pelo menos uma vez por semana passando uma bucha nas paredes para retirada dos ovinhos. E ainda 5,6% foram encontrados em pneus e apenas 1% em depósitos naturais.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde, Celina Pires, 99% dos recipientes utilizados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, para sua reprodução foram objetos/materiais sobre os quais se poderia ter feito algum tipo de intervenção e evitado a sua utilização pelo mosquito. “A mobilização de cada cidadão tem que começar neste momento, ser imediata e, depois, mantida. Só trabalhando em conjunto, setor público e população, cada um fazendo sua parte, a dengue poderá ser controlada” reforçou.
Com base nos resultados alcançados, várias ações serão mantidas e outras implementadas: visitas aos imóveis para orientações, arrastões com eliminação ou tratamento dos depósitos, tampação de caixas d’água, retirada de pneus, trabalho nos pontos estratégicos, bloqueio com inseticida, intensificação das notificações aos proprietários de imóveis e outras atividades necessárias dependendo da situação.
Parâmetro Técnico do Ministério da Saúde:
de 0 a 0,9% (BAIXO RISCO DE EPIDEMIA)
de 1 a 3,9% (MÉDIO - SITUAÇÂO DE ALERTA)
acima de 4% (ALTO RISCO DE EPIDEMIA)