Neste ano, Minas Gerais registrou um total de 487.945 casos prováveis de arboviroses, sendo 81,1% de dengue, 18,8% de chikungunya e menos que 0,1% de Zika
A Prefeitura de Divinópolis, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), divulga o alerta epidemiológico feito pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Minas, que trata sobre os casos de arboviroses, doenças causadas pelos arbovírus, que incluem os vírus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
O alerta destaca a possibilidade de reintrodução do sorotipo do vírus da dengue, o DENV-3, no estado, fazendo com que o cenário se torne propício para o aumento da transmissão da dengue e dengue neste período sazonal e potencializa a ocorrência de surto e epidemia de maiores proporções. Especialistas alertam para o risco de uma epidemia em 2024 pelo sorotipo 3 no Brasil.
A orientação se deve a um caso da doença, comunicado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que foi detectado em um residente de Belo Horizonte. O paciente não apresentou critérios de gravidade e as causas estão sob investigação, a fim de caracterizar o provável local de infecção.
A infecção pelo vírus da dengue pode ser assintomática e sintomática, variando desde sintomas leves até quadro graves, que podem evoluir para o óbito. O diagnóstico laboratorial das arboviroses pode ser realizado através de métodos indiretos (sorológicos) ou por métodos diretos, como a detecção do genoma viral por meio do exame de PCR.
Embora a dengue seja uma doença endêmica, ela apresenta períodos epidêmicos recorrentes nos últimos anos, o que requer medidas contínuas e coordenadas para mitigar seu impacto na saúde pública. O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DEN-V 4) que segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) circulam pelas Américas e, em algumas regiões, simultaneamente.
O sorotipo DENV-3 circulou, significativamente, no Brasil no período de 2004 a 2008, quando foi o sorotipo predominante. Em 2019, a Funed identificou a circulação do DENV-3 em 4 casos, o que representa 0,5% das amostras positivas analisadas a época, sendo que nos últimos 4 anos circularam no estado de Minas Gerais os sorotipos DENV-1 e DENV-2.