A 2ª edição da exposição “Vitórias”, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), em conjunto com a Secretaria Municipal de Governo (Segov) e apoiadores, foi aberta neste mês. A mostra contém fotos e depoimentos de 13 mulheres que estiveram ou ainda estão em tratamento contra o câncer de mama.
O comum entre elas: garra, persistência, vontade de viver, confiança no tratamento e fé. A exposição faz parte das ações do Outubro Rosa de Divinópolis. A apresentação contém relatos emocionantes, impactantes e, ao mesmo tempo, motivadores para as mulheres que estão passando pela mesma situação.
Vamos conhecer um pouco da história de cada uma. Eugênia Martins é a terceira das 13 mulheres a contar sobre a batalha contra a doença.
Eugênia Martins
Eu sou a Eugênia, tenho 46 anos, sou cabeleireira, tenho cinco filhos e um neto. Sempre fiz os exames preventivos regularmente. Eu tinha uma hemorragia muito grande e os médicos e falavam que era menopausa.
Por causa das dores intensas e da hemorragia, eu ia fazer cirurgia para retirar o útero. Em agosto do ano passado, me mandaram pegar uma autorização para esta cirurgia, me passaram um hormônio e a hemorragia aumentou.
Em agosto de 2018 me internaram e ao realizar os exames pré-operatórios deu uma mancha, acharam que era apendicite. Fiquei nove dias internada e a equipe médica tentavam uma solução para o meu caso e decidiram retirar o meu útero e as trompas. Era outubro de 2018.
Peguei a biopsia do útero em dezembro de 2018 e a ginecologista que eu estava em consulta, começou a falar com outros profissionais da unidade de saúde, sem me falar na minha cara, que eu tinha câncer agressivo.
Me deram encaminhamento para o Hospital do Câncer. Fiquei com a cabeça a mil, e ao mesmo tempo não sabia o que pensar. Fiquei assustada, não consegui nem pegar o ônibus e fui embora para casa a pé.
Voltei a ginecologista que tirou meu útero e me deram outros exames e encaminhamentos para biopsia. De dezembro a março eu continuei sentindo dor, não aguentava sentar, fiz tomografia, em abril em mesma fiz toque e senti os caroços na vagina.
Sofri um grande desgaste em erros de diagnósticos, vai e vem em médicos e ninguém fechava o diagnóstico correto. Tive câncer de colo do útero, agora ele está na pélvis. Fiz seis sessões de quimioterapia, uma ressonância e vários outros exames
Quando recebi a notícia, conversei com minha madrinha que me acalmou. Para o meu tratamento busquei força em Deus. Eu tenho muita fé e após esta doença descobri realmente quem eram meus amigos.
Eu sempre achei que essa doença que ia me derrubar, mas não vai. Eu tenho alegria, força, sou catequista e a catequese me dá força. Eu chamo meus verdadeiros amigos de anjos, são poucos, mas verdadeiros. Descobrir pessoas que gostam de mim que eu nem sabia, é uma bênção. Durante o tratamento fazemos muitas amizades, muitos amigos, é uma alegria muita grande estar com todos no hospital e na casa de apoio.
Para quem receber o diagnóstico de câncer, eu digo: Primeiro é Deus, tenha fé, pense positivo. Nada é para sempre, tudo tem começo e fim. Quando der tristeza pegue um livro para ler, ouça uma música, converse com as pessoas, não fique sozinho, não deixe os pensamentos negativos tomar conta.
Realização:
Secretarias de Saúde e de Governo
Agradecimentos
Everton Ribeiro (fotografia)
Luiz Fotógrafo (revelação)
Studio Sheila Mucedola
Camila Carvalho Vieira (maquiagem)
Keith Hellen Silva (cabelo)
Empresa Braulino (transporte)
Clube AABB (locação para fotos)