Ir para o conteúdo

A Secretaria Municipal de Agronegócios (Semag) recebeu a visita de produtores rurais da cidade de Bom Despacho, que vieram conhecer o Banco de Alimentos, na manhã desta sexta-feira (02/08). O projeto completa um ano de atividades em setembro. Em julho foram arrecadadas e doadas quatro toneladas e meia para instituições filantrópicas. 

Atraídos pela iniciativa e a convites de Sandra Guimarães e Márcia Helena, professoras da Universidade do Estado de Minas Gerais(UEMG-Divinópolis), os agricultores conheceram todo o processo desde a chegada dos alimentos até a distribuição. O secretário de Agronegócios, Hilton de Aguiar, agradeceu os doadores e o empenho dos servidores.  “Temos nos desdobrado para atender todas as entidades. Ver o sorriso das pessoas ao receberem as doações não tem preço. Aqueles que confiaram no nosso trabalho e todos que fazem parte da equipe só tenho a agradecer, pois estamos conseguindo ajudar muitas pessoas que precisam”, conta.

Os alimentos coletados passam por uma triagem e são separados por itens (frutas, legumes, verduras e folhas). Por mais que os produtos não possam ser vendidos, na maioria das vezes, podem ser utilizados para consumo.  Os descartados, geralmente são doados para produtores rurais, que utilizam para alimentação de animais. Já os alimentos em bom estado, são higienizados e embalados para distribuição. São produzidos “kits” de acordo com o número de pessoas pertencentes a entidade cadastrada.

A Coordenadora de Agricultura e Banco do Alimentos, Cláudia Santana, destacou que o banco conta com ajuda de uma assistente social, responsável por visitar os possíveis doadores. Ao final do mês, é feito a prestação de contas, informando a quantidade de alimentos recebidos e doados. “Estamos hoje trocando experiências e buscando aperfeiçoamento. Os produtores tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o projeto e ver o grande alcance social. Em breve, teremos uma nutricionista reforçando a equipe e nosso trabalho”, afirma.

O engenheiro agrônomo e professor, Saul Pádua, afirmou que o projeto é um modelo de sustentabilidade para minimizar os impactos sociais com o reaproveitamento dos alimentos. “Viemos conferir as ações realizadas por esse programa, com o objetivo de levar esse modelo até Bom Despacho, atitude que beneficiará várias instituições passando por necessidade”, comentou.

O espaço dispõe de uma câmara fria para garantir o bom estado dos alimentos. O Banco integra a Rede Operacional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e realiza etapas de recepção, seleção, triagem, descarte, identificação e expedição às entidades, por meio de uma equipe administrativa e operacional, capacitada e treinada periodicamente. Participam das doações supermercados, varejões e produtores rurais.

 “Precisamos levar em consideração o desperdício proveniente da cadeia agroalimentar urbana e metropolitana. Esse equipamento público cumpre o papel social de pensar na saúde das pessoas”, destaca a socióloga, Sandra Guimarães. A profissional é participante de um grupo de pesquisa voltado para Política de Segurança Alimentar, que fiscaliza as ações do Banco de Alimentos.

A estagiária de nutrição, Ester Fonseca, reforçou o trabalho desenvolvido: “Realizamos a higienização, tanto dos alimentos como dos materiais utilizados, evitando contaminação. Acho muito importante essa oportunidade que a prefeitura dá ao estudante de colocar em prática nosso aprendizado. Reclamamos tanto da comida da nossa casa e quando você tem a oportunidade de ver de perto pessoas que às vezes não tem nada e ficam tão felizes com as doações”, finaliza.