A Prefeitura de Divinópolis, por meio da equipe do Caps Ad da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou hoje (19/12), a inauguração do espaço destinado a exposições artísticas, com a abertura da exposição “Memórias e Renascimento”. A mostra está localizada no hall de entrada da farmácia do serviço e disponível para visitação das 8h às 17h.
Todas as obras expostas foram retiradas da obra “Cordel Patrimonial”, do divinopolitano Juvenal Bernardes e as ilustrações são de Denyse Neuenschwander. O livro, escrito e ilustrado em forma de cordel, conta a história do patrimônio histórico tombado em Divinópolis.
A exposição surge do trabalho realizado em grupo com os pacientes do Caps AD, coordenado pelas referências técnicas Ana Luiza Amaral e Hortência Coimbra, com os estagiários de psicologia Camila Gonçalves e Thiago Martins.
O trabalho é atravessado por atividades que visam o renascimento através do resgate das memórias individuais/corporais, memória coletiva e histórica, como um dispositivo do processo de identificação, como uma prática educativa e como processo de saúde mental para os pacientes.
A memória é a possibilidade de acessar, na atualidade, episódios ocorridos em outros momentos. Ao acioná-la, o sujeito tem a possibilidade de negociar sua auto representação, seus desejos, seus projetos e valores. Assim, a memória também está profundamente relacionada ao processo de construção da forma como nós percebemos como sujeitos, ou seja, de nossa identificação, pois o sujeito recupera suas vivências e trajetórias que irão guiar a constituição de sua identidade a partir da memória.
A memória pode ser entendida como a possibilidade do sujeito em registrar, conservar e evocar acontecimentos vividos, assim as nossas lembranças são armazenadas a partir de elaborações das experiências apreendidas. É interessante pensar que a memória está diretamente ligada a experiências que já aconteceram, ou seja, está relacionada com o passado. No entanto, algumas lembranças são acessadas quando engatilhadas por alguma emoção; são os gatilhos atuais, aquilo que estamos vivendo, que nos fazem lembrar o que se passou.