O integrante do Grupo Tambolelê, Santonne Lobato Silva, é o próximo convidado pelo projeto Fazendo Arte para ministrar oficina de Ritmos e Construção de Tambores, que acontecerá do dia 18 a 20 de abril. O curso trabalha várias formas de expressão corporal, facial e vocal usando técnicas circenses, teatro e música.
Durante três dias, nesta primeira etapa, arte-educadores de musicalização e teatro do Fazendo Arte, congadeiros e outros profissionais da área participarão da oficina da Capela de Santa Cruz. Na quinta e sexta-feira a oficina será de 14h às 22h e no sábado de 8h às 17h.
De acordo com Santonne, a oficina valoriza a arte de produzir tambores e resgata raízes culturais. “A oficina contribui para o desenvolvimento das coordenações sensório-motoras, educação do senso ritmo, desenvolvimento do gosto pela música, socialização e disciplinar as emoções”, afirmou Santonne.
A oficina é de ritmos afro-brasileiros como: Moçambique; Congo; Congo-Quebrado; Serra Abaixo; Marcha-Grave; Boi de Reis; Zé Pereira; Cacuriá; Batuque e Lundu.
Para a coordenadora do Fazendo Arte, Lenir de Castro, é uma oportunidade dos arte-educadores aprenderem como produzir e a conhecer a história dos tambores. “Nesta oficina será apresentado às técnicas de construir tambores tradicionais. Também terá espaço para estudar os ritmos de tambores e o significado das cores utilizado nos instrumentos musicais de origem africana. É importante porque os profissionais repassam para seus alunos nas oficinas do Fazendo Arte”, afirmou.
Para Santonne, a oficina vai oferecer conhecimentos para serem multiplicados. “Nossa intenção é expandir os conhecimentos adquiridos e formar agentes multiplicadores dos princípios de crescimento da comunidade”, destacou Santonne, que é um dos idealizadores do Grupo Tambolelê. Além de Santonne, Geovane Sassá e Sérgio Pererê fazem parte do grupo que percorre o Brasil e conquista espaço em outros países, com apresentações que remetem à herança negra com ritmos fortes e vibrantes.
12 anos
O Fazendo Arte tem 12 anos e desenvolve a arte com crianças e adolescentes em bairros carentes do município. O projeto estimula várias modalidades como artes plásticas, capoeira, viola caipira, flauta, violão, canto, teatro, contação de histórias, danças (clássico / jazz / contemporâneo / folclóricas). O projeto é realizado através da Lei Estadual de Incentivo e tem patrocínio da Gerdau e no ano ganhou um novo outro parceiro. A Somasa acredita na proposta e começou a patrocinar o projeto. A Secretaria Municipal de Cultura e de Educação também apoiam a proposta.